22 de novembro de 2010

Eucaristia bem celebrada é a melhor catequese eucarística segundo o Papa

A Santa Missa, celebrada no respeito das normas litúrgicas e com uma adequada valorização da riqueza dos sinais e dos gestos, favorece e promove o crescimento da fé eucarística. Na celebração eucarística nós não inventamos algo, mas entramos numa realidade que nos precede, aliás que abraça céu e terra e portanto também passado, futuro e presente. Esta abertura universal, este encontro com todos os filhos e filhas de Deus é a grandeza da Eucaristia: vamos ao encontro da realidade de Deus presente no corpo e sangue do Ressuscitado entre nós. Por conseguinte, as prescrições litúrgicas ditadas pela Igreja não são coisas exteriores, mas exprimem concretamente esta realidade da revelação do corpo e sangue de Cristo e assim a oração revela a fé segundo o antigo princípio lex orando lex credendi. E por isso podemos dizer que "a melhor catequese sobre a Eucaristia é a própria Eucaristia bem celebrada" (Bento XVI, Exort. Ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 64). É necessário que na liturgia sobressaia com clareza a dimensão transcendente, a do Mistério, do encontro com o Divino, que ilumina e eleva também a "horizontal", ou seja, o vínculo de comunhão e de solidariedade que existe entre quantos pertencem à Igreja. De facto, quando prevalece esta última não se compreende plenamente a beleza, a profundidade e a importância do mistério celebrado. Queridos irmãos no sacerdócio, a vós o Bispo confiou, no dia da Ordenação sacerdotal, a tarefa de presidir à Eucaristia. Tende sempre a preocupação pela prática desta missão: celebrar os divinos mistérios com intensa participação interior, para que os homens e as mulheres da nossa Cidade possam ser santificados, postos em contacto com Deus, verdade absoluta e amor eterno.
E tenhamos presente também que a Eucaristia, ligada à cruz, à ressurreição do Senhor, ditou uma nova estrutura ao nosso tempo. O Ressuscitado manifestou-se no dia depois do sábado, o primeiro dia da semana, dia do sol e da criação. Desde o início os cristãos celebraram o seu encontro com o Ressuscitado, a Eucaristia, neste primeiro dia, neste novo dia do verdadeiro sol da história, Cristo Ressuscitado. E assim o tempo começa sempre de novo com o encontro com o Ressuscitado e este encontro dá conteúdo e força à vida de cada dia. Por isso é muito importante para nós cristãos, seguir este ritmo novo do tempo, encontrar-nos com o ressuscitado no domingo e assim "levar" connosco esta sua presença, que nos transforme e transforme o nosso tempo. Além disso, convido todos a redescobrir a fecundidade da adoração eucarística: diante do Santíssimo Sacramento experimentamos de modo muito particular aquele "permanecer" de Jesus, que Ele mesmo, no Evangelho de João, põe como condição necessária para dar muito fruto (cf. Jo 15, 5) e evitar que a nossa acção apostólica se reduza a um estéril activismo, mas seja ao contrário testemunho do amor de Deus.

13 de novembro de 2010

Papa Bento XVI - Sacerdote e o Munus Docendi

 
 
PAPA BENTO XVI 

AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 14 de Abril de 2010

Munus docendi
Queridos amigos!
Neste período pascal, que nos guia ao Pentecostes e nos prepara também para as celebrações de encerramento do Ano sacerdotal, que terão lugar nos dias 9, 10 e 11 de Junho próximo, apraz-me dedicar ainda algumas reflexões ao tema do Ministério ordenado, detendo-me sobre a realidade fecunda da configuração do sacerdote com Cristo Cabeça, no exercício dos tria munera que recebe, isto é, dos três ofícios de ensinar, santificar e governar.
Para entender o que significa agir in persona Christi Capitis – na pessoa de Cristo Cabeça por parte do sacerdote, e para compreender inclusive quais consequências derivam da tarefa de representar o Senhor, especialmente no exercício destes três ofícios, antes de tudo é preciso esclarecer o que se entende por "representação". O sacerdote representa Cristo. O que quer dizer, o que significa "representar" alguém? Na linguagem comum, quer dizer geralmente receber uma delegação de uma pessoa para estar presente no seu lugar, falar e agir no seu lugar, porque quem é representado está ausente da acção concreta. Perguntamo-nos: o sacerdote representa o Senhor do mesmo modo? A resposta é não, porque na Igreja Cristo nunca está ausente, a Igreja é o seu corpo vivo e a Cabeça da Igreja é Ele, presente e em acção nela. Cristo nunca está ausente, aliás está presente de um modo totalmente livre dos limites de espaço e tempo, graças ao evento da Ressurreição, que contemplamos de maneira especial neste período de Páscoa.
Portanto, o sacerdote que age in persona Christi Capitis e em representação do Senhor, nunca age em nome de um ausente, mas na própria Pessoa de Cristo Ressuscitado, que se torna presente com a sua acção realmente eficaz. Age de facto e realiza o que o sacerdote não poderia fazer: a consagração do vinho e do pão para que sejam realmente presença do Senhor, a absolvição dos pecados. O Senhor torna presente a sua própria acção na pessoa que realiza tais gestos. Estas três tarefas do sacerdote que a Tradição identificou nas diversas palavras de missão do Senhor: ensinar, santificar e governar na sua distinção e profunda unidade são uma especificação desta representação eficaz. São na verdade as três acções do Cristo Ressuscitado, o mesmo que hoje na Igreja e no mundo ensina e assim cria fé, reúne o seu povo, cria presença da verdade e constrói realmente a comunhão da Igreja universal; e santifica e guia.
A primeira tarefa sobre a qual gostaria de falar hoje é o munus docendi, isto é, ensinar. Hoje, em plena emergência educativa, o munus docendi da Igreja, exercido concretamente através do ministério de cada sacerdote, resulta particularmente importante. Vivemos numa grande confusão acerca das escolhas fundamentais da nossa vida e das interrogações sobre o que é o mundo, de onde vimos, para onde vamos, o que devemos fazer para fazer o bem, como devemos viver, quais são os valores realmente pertinentes. Em relação a tudo isto existem muitas filosofias contrastantes, que nascem e desaparecem, criando confusão sobre as decisões fundamentais, como viver, porque já não sabemos, comummente, do que e para que somos feitos e para onde vamos. Nesta situação realiza-se a palavra do Senhor, que teve compaixão da multidão porque eram como ovelhas sem pastor (cf. Mc 6, 34). O Senhor tinha feito esta constatação quando viu os milhares de pessoas que o seguiam no deserto porque, na diversidade das correntes daquele tempo, já não sabiam qual fosse o verdadeiro sentido da Escritura, o que dizia Deus. O Senhor, movido pela compaixão, interpretou a palavra de Deus, ele mesmo é a palavra de Deus, e assim deu uma orientação. Esta é a função in persona Christi do sacerdote: tornar presente, na confusão e na desorientação dos nossos tempos, a luz da palavra de Deus, a luz que é o próprio Cristo neste nosso mundo. Por conseguinte, o sacerdote não ensina as próprias ideias, uma filosofia que ele mesmo inventou, encontrou ou que gosta; o sacerdote não fala de si mesmo, não fala por si mesmo, talvez para criar admiradores ou um partido próprio; não diz coisas próprias, invenções suas mas, na confusão de todas as filosofias, o sacerdote ensina em nome de Cristo presente, propõe a verdade que é o próprio Cristo, a sua palavra, o seu modo de viver e de ir em frente. Para o sacerdote vale o que Cristo disse sobre si mesmo: "A minha doutrina não é minha" (Jo 7, 16); isto é, Cristo não se propõe a si mesmo, mas, como Filho, é a voz, a palavra do Pai. Também o sacerdote deve sempre dizer e agir assim: "a minha doutrina não é minha, não difundo as minhas ideias ou o que me agrada, mas são boca e coração de Cristo e torno presente esta única e comum doutrina, que criou a Igreja universal e que cria vida eterna".
Este facto, que o sacerdote não inventa, não cria e não proclama ideias próprias porque a doutrina que anuncia não é sua, mas de Cristo, por outro lado, não significa que ele seja neutro, quase como um porta-voz que lê um texto do qual, talvez, nem se apropria. Também neste caso, vale o modelo de Cristo, que disse: Eu não sou para mim e não vivo para mim, mas venho do Pai e vivo para o Pai. Portanto, nesta identificação profunda, a doutrina de Cristo é a do Pai e Ele mesmo é um só com o Pai. O sacerdote que anuncia a palavra de Cristo, a fé da Igreja e não as próprias ideias, deve dizer também: Eu não vivo por mim e para mim, mas vivo com Cristo e para Cristo e portanto tudo aquilo que Cristo nos disse torna-se a minha palavra não obstante não seja minha. A vida do sacerdote deve identificar-se com Cristo e, deste modo, a palavra não própria torna-se, contudo, uma palavra profundamente pessoal. Santo Agostinho, sobre este tema, falando acerca dos sacerdotes, disse: "E nós o que somos? Ministros (de Cristo), seus servidores; porque o que distribuímos a vós não é nosso, mas tiramo-lo da sua despensa. E inclusive nós vivemos dela, porque somos servos como vós" (Discurso 229/e, 4).
O ensinamento que o sacerdote é chamado a oferecer, as verdades da fé, devem ser interiorizadas e vividas num intenso caminho espiritual pessoal, de forma que realmente o sacerdote entre numa profunda, interior comunhão com o próprio Cristo. O sacerdote crê, acolhe e procura viver, antes de tudo como próprio, quanto o Senhor ensinou e a Igreja transmitiu, naquele percurso de identificação com o próprio ministério do qual São João Maria Vianney é testemunha exemplar (cf. Carta para a proclamação do Ano sacerdotal). "Unidos na mesma caridade afirma ainda Santo Agostinho todos somos auditores daquele que é para nós no céu o único Mestre" (Enarr. in Ps. 131, 1, 7).
Por conseguinte, com frequência a voz do sacerdote poderia parecer "a de um que grita no deserto" (Mc 1, 3), mas exactamente nisto consiste a sua força profética: em nunca ser homologado, nem homologável, a alguma cultura ou mentalidade dominante, mas em mostrar a única novidade capaz de produzir uma autêntica e profunda renovação do homem, ou seja, que Cristo é o Vivente, é o Deus próximo, o Deus que age na vida e para a vida do mundo e nos doa a verdade, o modo de viver.
Na preparação atenta da pregação festiva, sem excluir a dos dias úteis, no esforço de formação catequética, nas escolas, nas instituições académicas e, de modo especial, através daquele livro não escrito que é a própria vida, o sacerdote é sempre "professor", ensina. Mas não com a presunção de quem impõe as próprias verdades, mas com a humilde e jubilosa certeza de quem encontrou a Verdade, foi capturado e transformado por ela, e por conseguinte não pode deixar de a anunciar. Com efeito, ninguém pode escolher o sacerdócio por si mesmo, não é um modo para alcançar a segurança na vida, para conquistar uma posição social: ninguém pode obtê-lo nem procurá-lo sozinho. O sacerdócio é resposta ao chamamento do Senhor, à sua vontade, para se tornar anunciadores não de uma verdade pessoal, mas da sua verdade.
Queridos irmãos sacerdotes, o Povo cristão pede para escutar dos nossos mestres a genuína doutrina eclesial, através da qual se possa renovar o encontro com Cristo que doa a alegria, a paz e a salvação. A Sagrada Escritura, os escritos dos Padres e dos Doutores da Igreja e o Catecismo da Igreja Católica constituem, a este propósito, pontos de referência imprescindíveis no exercício do munus docendi, tão essencial para a conversão, o caminho de fé e a salvação dos homens. "Ordenação sacerdotal significa: estar imersos (...) na Verdade" (Homilia da Missa Crismal, 9 de Abril de 2009), aquela Verdade que não é simplesmente um conceito ou um conjunto de ideias a transmitir e assimilar, mas que é a Pessoa de Cristo, com a qual, pela qual e na qual viver e assim, necessariamente, nasce também a actualidade e a compreensão do anúncio. Só esta consciência de uma Verdade feita Pessoa na Encarnação do Filho justifica o mandato missionário: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a humanidade" (Mc 15, 16). Só se se trata da Verdade ela está destinada a toda a humanidade, não é uma imposição de algo, mas a abertura do coração àquilo pelo qual se foi criado.
Queridos irmãos e irmãs, o Senhor confiou aos Sacerdotes uma grande tarefa: ser anunciadores da Sua Palavra, da Verdade que salva; ser a sua voz no mundo para levar aquilo que beneficia o bem verdadeiro das almas e o autêntico caminho de fé (cf. 1 Cor 6, 12). São João Maria Vianney seja exemplo para todos os Sacerdotes. Ele era homem de grande sabedoria e heróica força ao resistir às pressões culturais e sociais do seu tempo para poder guiar as almas para Deus: simplicidade, fidelidade e proximidade eram as características essenciais da sua pregação, transparência da sua fé e da sua santidade. O Povo cristão era edificado e, como acontece para os autênticos mestres de todos os tempos, reconhecia nele a luz da Verdade. Em definitiva, reconhecia nele o que se deveria reconhecer sempre num sacerdote: a voz do Bom Pastor. 
fonte:  http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/2010/documents/hf_ben-xvi_aud_20100414_po.html

26 de outubro de 2010

Pe. Franz Reinisch

Publicamos na página "Assumimos a herança" um resumo da vida do Pe. Reinisch, herói da segunda geração do Movimento de Schoenstatt. Aos poucos queremos apresentar a vida dos seminaristas e sacerdotes que marcaram a história de Schoenstatt.

2 de outubro de 2010

Outubro, mês da Aliança de Amor


Sabemos o quão importante é para nós contar o tempo. Contamos anos, meses, semanas, dias e horas para nos localizarmos nesse grande mistério que é o tempo. É importante pois não esquecemos de fatos que marcam a vida e a história, sejam eles bons ou ruins.

E a história vai se fazendo com os fatos de sucedendo e as gerações comemorando, lembrando e até mesmo chorando por acontecimentos que estão para sempre marcados.

Nesse início de mês de outubro, nós da Família de Schoenstatt nos alegramos em comemorar  no dia 18 os 96 anos da Aliança de Amor que é o ato de fundação da Obra Internacional de Schoenstatt. Damos graças a Deus por essa obra, escola de santidade, com dois beatos e outros tantos a caminho. Damos graças a Deus por essa obra inspirada no coração do Pe. José Kentenich.

Em outubro, uma multidão de filhos de Schoenstatt elevam a Deus sua ação de graças pela presença de Maria no Santuário e por irmos em direção à história e à missão a qual Deus nos chamou.

20 de setembro de 2010

Sacerdote schoenstateano beatificado em Colonia

Temos a alegria de publicar em nosso blog a notícia agora pouco recebida e confirmada de que foi beatificado mais um sacerdote schoenstateano. Seu nome é GERHARD HIRSCHFELDER. Nasceu em 17 de fevereiro de 1907, foi ordenado em 31 de janeiro de 1932 e morreu no campo de concentração de Dachau de fome e pneumonia em 1º de agosto de 1942.
Gerhard pertencera ao 1º grupo de sacerdotes schoenstateanos com o também Beato Carlos Leisner (http://isds-brasil.blogspot.com/p/bem-aventurado-carlos-leisner.html).

No campo de concentração de Dachau onde estivera preso o Pe. Kentenich, entre os anos de 1935 e 1945 passaram 2720 sacerdotes de nove nações, dos quais 1777 foram poloneses. Lembramos ainda que Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e S. Maximiliano Maria Kolbe também foram vítimas dos campos de concentração.


 fonte da imagem: grafschaft-glatz.de

16 de setembro de 2010

Palavras do pai...

"Devemos estar profundamente convictos de que cruz e sofrimento são as maiores preciosidades que Deus pode presentear-nos. Tenho a impressão de que ainda levará muito tempo até que realmente nos convencemos desta realidade" (Pe. Kentenich) (Nailis. Pe. Kentenich como nós o conhecemos, p.157).

15 de setembro de 2010

Dilexit Ecclesiam - 42 anos na casa do Pai


Hoje toda Igreja celebra a liturgia de Nossa Senhora das Dores e a família de Schoenstatt se une em orações ao lembrar da morte de seu Pai Fundador, o Pe. José Kentenich.

Transcrevemos o relato da obra “Uma vida pela Igreja” – Monnerjahn, Elgelbert.

“(...) Era domingo e também festa de N. Sra. Das Dores. Às 6:15h dirigiu-se ao altar . Assistiam-no dois sacerdotes: o Pe. José Weigand, Capelão da Casa-Mãe das Irmãs de Maria e o Pe. Drago Maric. (...) De volta à sacristia, convidou os dois sacerdotes a almoçarem com ele. Depois benzeu um pacotinho com terços que a Irmã sacristã lhe apresentou, e ficou um momento em silêncio diante da mesa de paramentos na sacristia. Seus dois assistentes estavam ainda a seu lado, igualmente em silêncio. De repente notaram que o Pe. Kentenich se inclinava para frente. Procurou apoiar-se com as mãos, mas não conseguiu. O corpo dobrou-se sobre si e foi caindo. O Pe. Weigand e o Pe. Maric pegaram-no pelos braços e queriam sentá-lo numa cadeira que a irmã trouxera rapidamente. Mas o corpo estava tão pesado, que os padres, em vez de sentá-lo tiveram que estendê-lo de costas no chão. A Irmã ajeitou uma almofada debaixo de sua cabeça. Quando o Pe. Weigand deixou livre o braço esquerdo do Pe. Kentenich, ele, num gesto espontâneo, colocou a mão sobre o coração. Respirou talvez ainda uns dois ou três minutos.
                (...) Às sete e quinze chegou o médico; inclinou-se, auscultou o coração e levantando-se disse: O coração parou. O Pe. Kentenich estava morto.
                Cinco dias depois, a 20 de setembro de 1968, o Pe. Kentenich foi sepultado no mesmo lugar onde falecera.
(...) Sobre a sepultura um sarcófago simples de basalto cinzento, além de seu nome, data de nascimento e falecimento, estão gravadas as palavras que ele mesmo desejara ter sobre sua sepultura: “Dilexit Ecclesiam” = “Ele amou a Igreja”.
                Todo o seu amor pertencera à Igreja. Toda a sua vida foi uma vida pela Igreja, pela Igreja do presente, mas sobretudo pela Igreja do futuro”.

Com esse belíssimo relato podemos nos unir em oração pedindo também a graça da beatificação e canonização de nosso Pai Fundador.

24 de julho de 2010

Celebração do Centenário na Diocese de Jaboticabal - SP

A pequena Família de Schoenstatt presente na Diocese de Jaboticabal comemorou com alegria o centenário da Ordenação Presbiteral do Pai e Fundador da Obra de Schoenstatt, o Pe. José Kentenich. A celebração aconteceu na quinta-feira, dia 08 de julho e foi presidida pelo Pe. Emerson Lopes e concelebrada pelo Pe. Leandro Nascimento na Igreja Matriz da Paróquia Santa Teresa de Jesus. Estavam presentes representantes da Campanha da Mãe Peregrina, Liga das Famílias, Liga das Mães, Liga Apostólica Feminina, JUMAS, JUFEM e Apóstolas Luzentes de Maria de várias cidades da Diocese. Ficamos todos muito felizes em celebrar este importante momento da Família de Schoenstatt, compreendendo ainda mais o carisma que Deus concedeu ao Fundador de pai de uma grande Família e vendo-o como exemplar de presbítero, ainda no contexto do ano sacerdotal, com a sublime missão que sempre ensinou: “O sacerdote se encontra entre o Deus eterno e a humanidade. Unir e colocar tudo em relação com o Deus vivo é sua grande missão” (Pe.J.K.). A alegria pelo centenário da Ordenação continuou na semana seguinte quando unimo-nos à grande família de Schoenstatt no Brasil, participando da linda celebração no Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, com nosso querido Dom Milton Kenan Jr, nossas Irmãs e membros desta linda Família que o Senhor chamou à vida pela instrumentalidade do Pe. Kentenich. Abaixo imagens da celebração na paróquia Santa Tereza e no Santuário Nacional de Aparecida


20 de julho de 2010

PARTICIPAÇÃO NO CENTENÁRIO DA ORDENAÇÃO DO PE. JOSÉ KENTENICH EM LIMBURGO, ALEMANHA


No dia 08 de julho de 2010, quando toda a Família de Schoenstatt recordou com carinho o centenário da Ordenação Presbiteral do Pai e Fundador da Obra Internacional de Schoenstatt, os Padres Marcelo Cervi, Luiz Gustavo Scombatti e Luis Fernando Neris de Souza, do Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt participaram da celebração que aconteceu na cidade de Limburgo (Alemanha), na belíssima Catedral em estilo românico, que data do ano 1206. Um bonito pontifical, oficiado pelo Bispo Diocesano de Limburgo, Dr. Franz-Peter Tebartz-van Elst, que foi participado por inúmeros membros da família de Schoenstatt, de várias partes do mundo, sendo concelebrado por mais de cem sacerdotes, das distintas comunidades sacerdotais fundadas pelo Pe. José Kentenich. O Bispo de Limburgo situou a missão sacerdotal do Pe. Kentenich no atual contexto da Igreja e colocou-a à luz do ano sacerdotal: nestes tempos em que buscamos a renovação do espírito sacerdotal é importante voltar às origens e isso os sacerdotes que abraçam a espiritualidade de Schoenstatt fazem ao espelharem-se no Fundador, que os conduz seguramente ao fundamento que é Cristo. Após o pontifical solene, cantado pelo Coro das Irmãs de Maria, seguiu-se um ágape fraterno nos jardins da Catedral, que uniu a todos de diferentes partes do mundo. Mais tarde, os presentes puderam visitar o exato local onde o Pe. José Kentenich foi ordenado, que hoje é o refeitório da Comunidade Palotina da Casa das Missões. O local estava ornamentado com uma grande foto do Pe. Kentenich neo-sacedote, a cruz ganhada de sua mãe no dia da ordenação e o cálice usado na sua 1ª Missa. Tudo falava, no silêncio, ao coração dos sacerdotes e de todos os presentes, do grande dom que o Senhor fez à Igreja na pessoa do presbítero José Kentenich, ordenado naquele local. Para os três padres brasileiros, o dia coroou-se com uma emocionada e demorada visita à tumba do Pe. Kentrenich, na Igreja da Adoração, em Schoenstatt, acompanhados de vários co-irmãos, que se uniram em torno à pessoa do Fundador.  A celebração foi prolongada nos outros dias em que puderam estar ali, visitando o Santuário Original e também os outros locais de Schoenstatt, experimentando a fraternidade, a internacionalidade e a vinculação à comunidade do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos fundada pelo Pe. Kentenich. Foram momentos emocionantes, profundos, inesquecíveis, um verdadeiro encontro com o Fundador.  Foi uma ocasião única para estreitar ainda mais os vínculos com o Pai e Fundador da Obra e com a própria Obra de Schoenstatt; uma tomada de consciência mais forte sobre as motivações profundas da própria vocação e sobre a missão sacerdotal diocesana, num presbitério em torno ao Bispo. Dias de graça, de alegria, de imerecida bênção que o Bom Deus providentemente preparou. Dias nos quais ressoou forte e em contínuo o lema da ordenação presbiteral do Pe. Kentenich, que se constitui divisa para toda a Família: “Fazei ó meu Deus que os espíritos se unam na verdade e os corações no amor!”

23 de junho de 2010

Mesmo encerrado o ano sacerdotal continuamos refletindo com o Papa que, segundo suas próprias palavras, pretenderia “contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo” (Carta aos sacerdotes). Da mesma forma o arcebispo de Lima, Cardeal Cipriani escreveu ao clero peruano reafirmando o propósito do Santo Padre e ressaltando a importância da alegria sacerdotal (http://www.arzobispadodelima.org/content/view/4442/427/).
Entre outras coisas o cardeal afirma que a “a alegria brota do coração limpo e enamorado de Cristo” e que deve ser um sinal que se manifesta em toda nossa vida quando pregamos, celebramos a S. Missa e quando administramos os sacramentos sobretudo o da reconciliação. Também quando nos encontramos com nossos limites em especial o pecado.

Além do ano sacerdotal, a Família de Schoenstatt celebra também o ano do centenário da ordenação do Pe. Kentenich. Muito do seu ministério foi dedicado à formação dos sacerdotes até mesmo com o tema da alegria como podemos ver no retiro por ele pregado a padres diocesanos da Alemanha em 1934 que hoje temos em mãos sob o título “Viver com alegria” (Edição – Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, 1996), editado em duas partes.

Em uma das conferencias (Cf. p. 81-89) ele fala da oposição à tristeza e indica como forma de combate a imunização, ou seja, é preciso identificar suas causas reais, ainda que não seja possível eliminá-las. Ainda mais eficaz que a identificação de suas causas, para combater a tristeza é preciso oração.

Por outro lado se descobrimos as fontes da alegria será a primeira prevenção contra a tristeza. Seriam as fontes da alegria a Sagrada Escritura, a vida dos santos e a liturgia. Para cada dessas fontes o Pe. Kentenich toma bom tempo da pregação de seu retiro e é claro torna-se atualíssimo para o tempo presente.

Ainda com as palavras do cardeal Cipriani: “Não esquecemos que muitas vezes os fiéis se aproximam com maior devoção quando nos veem serenos e alegres que transmitimos a paz que Cristo põe em nossos corações” (tradução livre).

Dessa forma queremos “viver com alegria” esse ano sacerdotal em que o Papa nos chama a uma renovação interior e desejo sincero de santidade, o sinal mais evidente de que assumimos com amor o ministério sacerdotal de Cristo do qual somos participantes pela sagrada ordenação.

22 de junho de 2010

Imagem dos Apóstolos, imagem da Igreja


Durante o ano passado foram descobertas imagens dos apóstolos nas catacumbas de Santa Tecla, próximas à Basílica de S. Paulo Fora dos Muros.  No entanto a apresentação das imagens e conclusão dos trabalhos ocorreu na sala de conferência da Basílica paulina de acordo com o que informa o site Gaudium Press (http://www.gaudiumpress.org/view/show/16973-reveladas-as-imagens-mais-antigas-dos-apostolos-nas-catacumbas-de-santa-tecla-). Seriam segundo a informação, as imagens mais antigas dos apóstolos Pedro, Paulo, André e João.



É uma descoberta grandiosa. A mesma reverência daqueles que as compuseram continuamos a ter hoje.A Igreja revela-se apostólica, ou seja, fundada sobre o ensinamento dos apóstolos, transmite sua doutrina e segue sendo conduzida por aqueles que são hoje seus sucessores em comunhão com o Santo Padre (Cf. Catecismo – 857). Confirmar que a veneração daqueles que são as colunas de nossa fé fazem parte do patrimônio espiritual e cultural dos cristãos desde o princípio é nos impelir à fidelidade e ao cumprimento da mesma missão. No entanto estaríamos equivocados se ficássemos apenas na veneração das imagens. Para verdadeiramente cumprir a missão é preciso ser hoje uma imagem apostólica, não gravada nas catacumbas, em paredes, mas viva, nos mais recônditos lugares da Terra. É preciso mostrar ao mundo que as imagens que hoje foram reveladas, na verdade já são bem conhecidas, estão em toda parte onde quer que esteja a Igreja fundada sobre Pedro e os outros.



E o Pe. Kentenich, fundador de uma obra essencialmente apostólica, o que ele nos diz?



“Devemos possuir uma pronunciada consciência de estado e de missão e alegrar-nos com todo bem realizado por qualquer sacerdote”. (Wolf, P.(editor). Chamado por Deus..., Sociedade Mãe Rainha, Santa Maria, 2009, p.91)

20 de junho de 2010

Para incendiar o mundo


No dia 20 de junho de 1952 o Pe. Kentenich partia do Chile para o início de seu exílio nos Estados Unidos. Ao despedir-se dissera essas palavras: “Custa-me partir daqui, pois o vínculo que nos une chegou a ser tão profundo e tão íntimo...Como um só coração e uma só alma, partamos para incendiar o mundo”. Ao deixar o Santuário de Bellavista nem o Pe. Kentenich, nem a família de Schoenstatt sabiam se outra vez poderiam se encontrar. O exílio não tinha data pra terminar e por isso uma despedida deve ter sido de fato emocionante.

Agora o Pai de uma grande família ganhava novos filhos na paróquia da Santa Cruz, em Milwaukee, perto de Chicago nos estados Unidos. Vivam ali descendentes de imigrantes alemães. O exílio iria durar quatorze anos. Tempo suficiente de oração na família de Schoenstatt na expectativa de poder ver ainda uma vez mais o fundador.

O Pe. Kentenich via tudo pela fé prática na divina Providência e por isso superava cruzes e dificuldades confiando no amor de Deus por ele e pela família. Dessa forma educava seus filhos a terem o mesmo desprendimento de si mesmos e fé naquilo que Deus coloca como caminho a percorrer.

Agora é a nossa vez de assumir os caminhos que Deus traçou em nossas vidas e nos exílios que somos obrigados a suportar encontrar a alegria no amor de Deus, deixando que Ele, o Senhor, realize a sua obra usando-nos como instrumentos.

Às vésperas desse centenário da ordenação do Pe. Kentenich, em seu exemplo, queremos "com um só coração e uma só alma, partir para incendiar o mundo”.

19 de junho de 2010

O centenário da ordenação do Pe. Kentenich e o sacerdote mariano

Toda família de schoenstatt aguarda com alegria os próximos dias. Estaremos celebrando dia 8 de julho, cem anos da ordenação sacerdotal do Pe. Kentenich. Para seus filhos é natural afirmar a importância de seu ministério para a Família e para a Igreja. No entanto muitos reconhecem sua figura original e singular. Daqueles que seguiram seus passos muitos são chamados de heróis, já que viveram a fé católica através da espiritualidade de schoenstatt com heroísmo.Outros chegarão, se Deus quiser, conforme o juízo da Igreja, à honra dos altares, assim como o já Beato Carlos Leisner, sacerdote diocesano, beatificado pelo Papa João Paulo II em 1996.

Do Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, muitos são os sacerdotes que desejam retirar força e sustento para seu ministério presbiteral através de um sacerdócio notadamente mariano.

Vejamos o que o próprio Pe. Kentenich diz sobre o sacerdócio mariano em palavras tão acertadas quanto atuais:

“Uma vida sacerdotal mariana! Quem conhece o tempo atual, quem sabe que hoje, em muitos círculos, já não representa uma honra ser cristão e ser católico, que dupla e triplamente já não representa uma honra ser sacerdote, alegra-se porque, não obstante estas circunstâncias adversas, se inicia neste lugarzinho (O Santuário de Schoenstatt), uma nova vida sacerdotal, uma vida sacerdotal mariana”
(Wolf,P.(org.). Chamado por Deus, consagrado a Deus, enviado por Deus. Sociedade Mãe e Rainha, Santa Maria 2009, p.112).

Essas palavras foram dirigidas na homilia da primeira Missa de um neo-sacerdote no Santuário Original em 1934, mas podem ser tomada por todos os sacerdotes que desejam ter a presença de Maria em seu ministério.

Que a celebração dos cem anos da ordenação do Pe. Kentenich junto aos frutos no ano sacerdotal traga-nos alegria na missão a nós confiada.

18 de junho de 2010

Apresentação

Com alegria recomeçamos o blog do Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt no Brasil.
Nada melhor que uma apresentação de nossa comunidade. Este espaço visa noticiar a vida e a espiritualidade do Instituto.
Nossa Comunidade não é uma Comunidade religiosa: somos todos Diocesanos com a espiritualidade de Schoenstatt, que recebemos em herança no movimento de Schoenstatt, fundado pelo Pe. José Kentenich. Vivemos e trabalhamos em nossas Dioceses, mas unimo-nos pela espiritualidade em torno ao Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, seguindo o modo de vida sugerido por nosso Fundador. Uma condição para pertencer ao nosso Instituto, então, é - antes de tudo - ser Padre Diocesano e estar incardinado em uma Diocese.

Nossa
Missão como Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt é viver na alegria e na total dedicação de si a vocação diocesana para a qual Cristo nos chamou. Aspiramos viver em profundidade e na plena fidelidade a como pensou nosso Pai Fundador - o Pe. José Kentenich - a espiritualidade e a missão de Schoenstatt, na Igreja e no mundo. Primeira conseqüência direta disso é assumir nossa Diocesaneidade em total sintonia com o Bispo, seu Presbitério e a Diocese na qual estamos incardinados, vivendo de maneira alegre e dedicada nossa inserção na Igreja Particular onde nos quis o Senhor, sendo ponto de unidade entre os presbíteros e animadores da tarefa pastoral da Diocese, onde formos chamados a colaborar, como sacerdotes marianos, que sabem trabalhar em equipe e que queiram ser "pais" para o Povo de Deus.

Depois, como os outros Institutos da Obra de Schoenstatt, temos a missão de ser alma e garante de todo o Movimento e, mais precisamente - como Sacerdotes Diocesanos - ser os ombros nos quais repousa o Movimento, ou seja, de levar Schoenstatt às realidades mais próximas do povo, que são as situações nas quais nos encontramos diuturnamente, colaborando "em parceria' com os outros ramos do Movimento (Institutos, Uniões, Ligas etc)... e dando preferência à organização de Schoenstatt nas Dioceses. Naturalmente, estamos nos inícios e as formas de como essa colaboração podem se dar ainda não estão constituídas. Nosso Instituto é de Direito Pontifício, teve o reconhecimento do Papa João Paulo II no dia 02 de outubro de 1995  e foi reconhecido oficialmente pela Santa Sé, com um Decreto da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, no dia 18 de outubro de 1995.

Se você é um seminarista ou sacerdote diocesano e gostaria de nos conhecer entre em contato.

Para maiores informações entrar em contato pelo e-mail: isdiocesanos@gmail.com